Nossas histórias, nossos sambas e a nosssa luta se entrelaçam nas ruas, nas ocupações, acampamentos e comunas...
Nossa Escola
29 de dezembro de 2009
Categoria: PassaPalavraTV
O que esta experiência propicia são novas relações sociais. Sentimentos de pertença e sorrisos infantis que participam e se alegram. Politização pela arte e arte politizada. Expressão cultural e reivindicação expressa de novos tempos. Encontro de pessoas e pessoas que se encontram na própria origem. Por Tiarajú – Mestre de Bateria
Foi Candeia quem avisou: outra escola de samba é possível.
" Fundada em 2005, a Unidos da Lona Preta surge com o objetivo de congraçamento militante, de festejo compromissado. Num tempo de desesperança, de indivíduos individualizados, percebia-se como o encontro e o fazer coletivo são elementos fundamentais para a construção do reconhecimento de pertença e o auto-reconhecimento enquanto classe. De fato, o samba desde sempre fundamentou esse reconhecimento. Eis que a Unidos da Lona Preta se consolida. E apesar das dificuldades, existe bravamente".
"A música como meio de comunicação pode ser um elemento de formação de opinião e de reflexão sobre diversas realidades, na perspectiva de ser uma alternativa de linguagem de comunicação. O samba em potencial, sendo uma das mais latentes expressões da cultura paulista, contribui como uma ferramenta de articulação e formação política da classe trabalhadora."
O próprio processo nos perguntava para onde caminhar. Como o samba, com muitos instrumentos, mas sem ser instrumentalizado, ensaia a bateria e o processo de transformação social? Como a arte se coloca no mundo, questionando-o para além do simbolismo estético?
A Escola de Samba do MST na Grande São Paulo
A Escola de Samba Unidos da Lona Preta é uma das estratégias de agitação e propaganda do Movimento dos Trabalhadores rurais Sem Terra da Grande São Paulo.
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A Escola de Samba Unidos da Lona Preta realiza seus primeiros ensaios e desfiles no acampamento organizado pelo MST Comuna da Terra Irmã Alberta, no bairro de Perus,na capital paulista, mas em meados do ano de 2008, percebe-se a necessidade de realizar um salto qualitativo no âmbito dessa expressão cultural.
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Algumas mudanças ocorrem: os ensaios passam a ser realizados na Comuna Urbana Dom Hélder Câmara, em Jandira.
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Em 2015 a nossa escola, volta á suas origens para reviver sua história e contar através dos nossos sambas enredo toda sua caminhada de luta.
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São 10 anos de compromisso com a classe trabalhadora e formação dos sujeitos Sem Terra da Grande São Paulo.
Seria possível aliar poesia e porrada?
Tantas perguntas oriundas de tanto fazer… e as respostas vão se apresentando aos poucos, como as rimas perfeitas para o desenlace das estrofes.