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Confira aqui, alguns textos que foram escritos pelos próprios batuqueiros, batuqueiras, amigos e parceiros da Unidos da lona Preta sobre samba, cultura, esporte e juventude, sobre a periferia e o campo e principalmente sobre a nossa Escola de Samba!

06/03/2011 - 09h41

Debaixo da lona preta, MST coloca escola de samba na rua

 

EMILIO SANT'ANNA
DE SÃO PAULO

O enredo nada tem a ver com as belezas naturais de nenhuma parte do Brasil. Não há passistas, musas, rainhas de bateria em minúsculas fantasias ou destaques individuais. Todos desfilam iguais na Unidos da Lona Preta, a escola de samba do MST (Movimento dos Trabalhadores Sem Terra).

Leia a cobertura completa sobre o Carnaval no país

O nome é referência aos abrigos montados nos acampamentos dos sem-terra. O enredo fala sobre a produção alimentar e o pavilhão é, claro, a bandeira do movimento.

O "sambódromo"? Cerca de 1 km nas ruas em volta da Comuna Urbana Dom Helder Câmara, na periferia de Jandira, na Grande São Paulo. Na sexta-feira (4), os cerca de 90 integrantes da agremiação desfilaram mesmo de baixo de chuva.

Ali vivem 128 famílias ligadas ao MST, que pelo sexto ano consecutivo assistiram os integrantes do Lona Preta levar para a "avenida", o "samba-luta".

"Temos uma visão de mundo e transmitimos isso por meio do samba", diz Tiaraju Pablo, 30, coordenador da Lona Preta.

 

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Gabo Morales/Folhapress

 

 

 

 

...Chegou pra dar a letra

Somos Unidos da Lona Preta

Não adianta fazer careta

Somos Unidos da Lona Preta!

Unidos da Lona Preta/exaltação

 

“Quem sou eu? Sou Unidos da Lona Preta, a escola de samba do Movimento Sem Terra”

 

Nasci

Na poeira Vermelha

Do Irmã Alberta

Eu sou filho deste chão

Cresci

Debaixo da Lona Preta

Na luta pela terra

Fazendo ocupação

Assentados

Do Dom Pedro e Dom Tomás

Vieram receber os aliados

Que ajudaram na guerra e na paz

 

Jandira

Lindas tardes de samba

Na formação humana                                                                       Refrão

Até o barracão chorou

 

Um abraço apertado........eu dei

Tamo junto e misturado...eu cantei

Contra a devastação e o veneno                                                       Refrão

Nem mais um minuto de silêncio

 

O samba quando vai pra luta

Faz a disputa da hegemonia

Propondo valores

De um povo com sabedoria

Eu sou a Escola de Samba

Do Movimento Sem Terra

Meu batuque desperta o guerreiro

 

E a fúria revolucionária

Do povo brasileiro                                                    Refrão

 

 

  

"Houve um tempo em que as escolas de samba se articulavam nas comunidades para brincar o carnaval, tendo como um dos princípios de existência o amor pelo samba, a reafirmação de uma identidade coletiva e principalmente a cultura popular como meio de expressão de um povo, uma comunidade, um indivíduo.

Atualmente restaram poucos resquícios deste tempo. As grandes escolas de samba têm se dedicado cada vez mais em transformar o carnaval em mercadoria. Produto de consumo caro, que exclui a maior parte da população para disputar títulos, status, espaço nas mídias, entre outras questões que não têm relação com suas origens históricas."

 

 

 

Unidos da Lona Preta faz carnaval contra hegemônico em São Paulo

 

 

 

8 de fevereiro de 2013

 

 

 

Da Página do MST

 

 

A Unidos da Lona Preta é a escola de samba do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra. Todos os anos reunimos crianças, adultos, idosos, homens e mulheres, acampados, assentados, militantes e amigos para fazer um carnaval diferente, onde o estudo da nossa realidade, a diversão e a cultura de nosso povo se encontram. Nesta brincadeira todos podem participar; o importante é ter samba na veia.

 

Para se divertir e lutar por um mundo melhor, convidamos você e sua família para participarem de nosso carnaval

 

16/02/2013 - 03h00

Abram alas para o agro

 

Quando a Unidos de Vila Isabel adentrou o Sambódromo, às 5h40 da terça-feira de Carnaval, já o personagem homenageado em seu samba-enredo, o homem do campo, estava em plena labuta.

Não pôde assistir ao vivo a homenagem. Acorda-se cedo no meio rural. Ao alvorecer, todos já estão a postos.

E mesmo feriados como o do Carnaval não interrompem a produção, que põe na mesa do brasileiro a melhor e mais barata comida do mundo.

O belíssimo enredo "A Caminho da Roça", com que a Vila Isabel venceu o desfile carioca, admirado em todo o mundo, fez, enfim, jus a um segmento da sociedade brasileira historicamente negligenciado (e vilipendiado) por parcela influente das classes cultas, em nome de interesses político-ideológicos.

A luta pela estatização do campo, projeto antigo da esquerda revolucionária, tenta atribuir ao produtor rural a responsabilidade pelas mazelas sociais do país, quando a realidade é justo o oposto.

Nenhum outro segmento contribui tanto para o desenvolvimento econômico e social do país.

Senão, vejamos: é o agronegócio o responsável, há anos, pelos sucessivos superavit da balança comercial brasileira e responde também por 30% dos empregos formais do país.

Nosso superavit anual nas exportações é de US$ 79,4 bilhões; o superavit final do país é de US$ 19,4 bilhões, o que significa que o agro financia os US$ 60 bilhões de deficit dos outros setores. Dá cobertura, por exemplo, aos US$ 22,2 bilhões que os turistas brasileiros gastam lá fora, enquanto os estrangeiros deixam aqui apenas US$ 6,6 bilhões.

 

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Kátia Abreu é senadora (PSD-TO) e a principal líder da bancada ruralista no Congresso. Formada em psicologia, preside a CNA (Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil). Escreve aos sábados no caderno 'Mercado'.


 

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